Dom Alberto sonha “O mundo como jardim de Deus”

março 18, 2011

Na abertura da Campanha da Fraternidade 2011, no ginásio da Universidade do Estado do Pará (Uepa), dia 12, às 8h30, o clero arquidiocesano e os fiéis se reuniram para em uma celebração eucarística que buscava mostrar os cuidados que se deve ter com a criação divina. Uma campanha para conscientizar a sociedade. O Arcebispo Metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, explicou que a CF é um serviço que a Igreja quer prestar à sociedade. "É campanha para 'fazer a cabeça das pessoas'. Queremos que toda a sociedade tome consciência disso".

Lembrando o terremoto no Japão, que fez milhares de vítimas, Dom Alberto afirmou que "existe um clamor na sociedade. Temos sugestões e propostas na sociedade para que consigamos contribuir para mudanças. O aquecimento global é resultado de atitudes nossas no planeta, na casa que foi oferecida pelo próprio Deus. O nosso sonho é que o mundo pareça um jardim com os irmãos ajudando a sociedade".

O Arcebispo fez ainda referência ao lema, "A criação geme em dores de parto" (Rm 8, 22), ressaltando que "a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus. Aos filhos de Deus, que somos nós, cabe fazer alguma coisa". Além da apresentação de propostas, Dom Alberto explicou que a coleta da CF será destinada a continuidade do trabalho da Cáritas nas ilhas de Belém e à população do lixão do Aura. A coleta acontece no Domingo de Ramos, dia 17 de abril.

Ao final da Santa Missa, os fiéis, juntamente com o clero, se dirigiram ao Bosque Rodrigues Alves para a doação de duas mil mudas de dez espécies de plantas regionais.

"Esse gesto deve ter a dimensão do nosso coração. É nossa manifestação como filhos de Deus. Esperamos que, da nossa parte, possamos contribuir para o bem da natureza em sua biodiversidade", disse Dom Alberto Taveira antes da entrega.

Monsenhor Raimundo Possidônio explicou que "a doação de mudas representa o nosso acolhimento do que a CF nos propõe e o nosso compromisso em cuidar da criação de Deus".

Maria Inês recebeu uma muda de Para-pará e questionou: "Sem essa natureza, nós não somos nada. Se a destruirmos isso vai acabar. Como nós vamos ficar? O simples botão de uma flor abrindo já é uma graça divina Vou plantar essa muda em casa. Depende de nós mudarmos essa situação".

Cida Cardoso, da comunidade Maíra, acredita que é "o início de uma grande mudança na nossa vida, principalmente nós que vivemos na cidade. Queremos apenas usufruir das coisas e acabamos esquecendo a natureza. Vou plantar esse biribá no terreno da nossa comunidade".

As mudas foram doadas pela  Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa). Michel Costa, chefe adjunto de comunicação e negócio da empresa, anunciou que "a todo o momento que houver esse convite da Arquidiocese nós vamos participar com ações como esta, doações de mudas, oficinas de capacitação e formação. Estamos planejando um ciclo de atividades, oficinas e cursos e também a continuação de doação de mudas para a arborização da cidade de Belém".

Pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, Noemir Leão, destacou que "para cada pessoa que fizer na prática aquilo que a Igreja está pedindo, plantar uma arvore ajudando a controlar a mudança climática, estará constituindo um ato concreto de atividade cristã para mudar o planeta. Hoje, serão duas mil mudas, mas até o final da Quaresma, mais de 20 mil serão doadas". 

fonte: Jornal Voz de Nazaré

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