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Agenda Católica Mundial para 2012

janeiro 01, 2012 Add Comment
A comemoração do 50.º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II com um 'Ano da Fé' e a realização de um Sínodo dos Bispos sobre a 'Nova Evangelização' são pontos centrais da agenda católica mundial para 2012. 
Para o teólogo João Duque, presidente do Centro Regional de Braga da Universidade Católica Portuguesa (UCP), considera que estes são momentos que podem promover uma "redescoberta da identidade". 
"Penso que estes 50 anos de distância nos permitirão uma reflexão que conduza o Concílio aos seus núcleos fundamentais e permita compreender quais os seus contributos para a profunda transformação da Igreja, no permanente caminho de aproximação à sua identidade e aproximação ao mundo, para o qual existe", sublinha o especialista, em texto publicado no semanário Agência ECCLESIA. 
"Nessa redescoberta, considero fundamental a orientação da fé, pois é nela que se encontra a base da correta ou incorreta realização do que pretendeu o Concílio", acrescenta. 
Bento XVI anunciou, em outubro deste ano, a convocação de um 'Ano da Fé' entre outubro de 2012 e novembro de 2013, para assinalar os 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965). 
Na carta apostólica 'A porta da fé', o Papa explica os objetivos da iniciativa: "Pareceu-me que fazer coincidir o início do ano da fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos padres conciliares". 
Também em 2012, de 7 a 28 de outubro, vai ter lugar a 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, dedicada ao tema "A nova evangelização para a transmissão da fé cristã". 
O texto preparatório desta reunião magna destaca que, desde o Concílio Vaticano II até hoje, "a nova evangelização se propôs, cada vez mais com maior lucidez, como o instrumento" para enfrentar "com os desafios de um mundo em acelerada transformação". 
Elias Couto, editor da revista digital 'Cristo e a Cidade' (www.cristoeacidade.com) e colaborador habitual da Agência ECCLESIA, sublinha a "crise da fé", na Europa, e diz que "a criação do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, por Bento XVI", juntamente com a realização do próximo Sínodo, representam "uma tentativa de «forçar» o andamento", dada a "urgência da situação". 
"Não se trata de uma estratégia, mas do regresso à originalidade da fé e à capacidade de síntese que fez das primeiras Igrejas poderosos focos geradores de cultura, uma cultura nova que reinventou o mundo antigo", assinala, acrescentando que "a nova evangelização é um dever da Igreja face à antiga Europa cristã".
fonte: CNBB

Amazônia ganha Santuário e Nossa Senhora indígena

dezembro 30, 2011 Add Comment
Na noite da ultima segunda-feira, mais de 2 mil fies, que participaram da celebração da Santa Missa, no Largo de São Sebastião, conheceram a imagem de Nossa Senhora da Amazônia. 
A representação da Virgem foi feita por uma artista local e escolhida através de um concurso nacional, realizado pela Arquidiocese de Manaus, no primeiro semestre deste ano. Na imagem, Nossa Senhora possui traços indígenas e pele escura, carregando o menino Jesus com as mesmas características, em cima de uma Vitória Régia, planta típica da região amazônica. 
A região vai ganhar também um Santuário em frente ao Rio Negro: o Santuário de Nossa Senhora da Amazônia, zona oeste de Manaus, terá forma de canoa, principal meio de transporte dos povos amazônidas.

fonte: CNBB

Benevidenses homenageiam Nossa Senhora do Carmo

julho 11, 2011 1 Comment
Devotos de todos os cantos de Benevides, estiveram presente na manhã desse domingo em mais um círio em homenagem a padroeira de nosso município.
Por volta das 08h00, saia da capela de São João Batista, localizada no bairro do Canutama, na BR 316, mais um círio em homenagem a Nossa Senhora do Carmo, que teve como Tema “Com Maria seguimos em Missão. Ao longo de todo o percurso, muitas demonstrações de carinho com a padroeira dos Benevidesnes, e a emoção  também tomou conta de todos. Por volta das 11h00 da manhã chegava a Igreja matriz de Benevides, mais um círio, a Imagem de Nossa Senhora foi recebida com muitas palmas, e foi conduzida por Dom Teodoro, que logo após realizou a celebração da Santa Missa.
No decorrer dessa semana a programação ainda se estende lá na Paróquia Nossa Senhora do Carmo, participem!!!
Veja alguns momentos do Círio de Benevides:


fotos: Leonan Faro

Beata Irmã Dulce

maio 21, 2011 Add Comment

No próximo domingo, 5º da Páscoa, a Igreja no Brasil terá a grande alegria de ver subir às honras dos altares, como Beata ou Bem-Aventurada, aquela que já em vida foi cognominada o “anjo bom da Bahia” – a Irmã Dulce –, amiga e companheira dos pobres e desvalidos. Seu itinerário de santidade, no qual a Igreja reconhece as suas virtudes heróicas, é um caminho marcado humana e naturalmente por incompreensões de tantos, mas que, sobrenaturalmente, foi capaz de tocar os corações endurecidos, para que na meiguice de quem pedia não se deixasse faltar o essencial aos mais pobres, ensinando a todos a partilhar, mesmo o pouco que tinham.

A data coincide com a Memória de Santa Rita que, como cai no domingo, neste ano não é celebrada, mas nos mostra também outra mulher forte que em outra época e situação viveu a fé e é sinal até hoje da providência de Deus em sua vida.

Em nossa mudança cultural, a mídia utilizou o termo “beata” de uma maneira imprópria e, em nosso linguajar comum, acabamos acolhendo esse tipo de interpretação que, inclusive, está em nossos dicionários. Cabe a nós restaurarmos o verdadeiro uso da palavra e valorizá-la. Muitos vocábulos importantes já foram deturpados em nossa língua. Que a Beata Irmã Dulce interceda por nós para que consigamos anunciar o Evangelho e levar as pessoas a fazer da nossa cultura uma cultura de valores humanos e cristãos que ajudem a transformar esta situação de violência, corrupção, medo, destruição e divisão que ora ocorre.

A constituição pastoral Lumen gentium do Concílio Ecumênico Vaticano II recorda, em seu quinto capítulo, a vocação universal à santidade, ou seja, ser santo é o caminho que todo aquele que renasce pela água do batismo deve percorrer. O Beato João Paulo II, quando em sua visita ao Brasil, disse que o Brasil precisava de Santos. Eles existem, não é a Igreja que os “fabrica”, mas apenas constata com um processo minucioso a vida e as virtudes daqueles e daquelas que o povo já tem em conta de “santos”. E vai muito mais além, para a beatificação e canonização supõe também um milagre por intercessão e da invocação do nome de quem pedimos a Deus. Milagre esse comprovado por médicos e cientistas, demonstrando que não tem outra explicação que não seja uma intervenção especial.  Quando professamos a nossa fé, pronunciamos que acreditamos na Igreja Santa, ou seja, a santidade é uma nota teológica na Igreja, mesmo sabendo que, embora santa, ela possui em seu seio membros pecadores que são continuamente chamados à conversão.

Temos uma beata muito perto de nós, uma brasileira como nós, que escolhendo radicalmente a Cristo, percebeu, no quotidiano de sua missão, a singular presença que Ele manifestava naqueles que não tinham nome, nem muitas vezes propriamente um rosto para a sociedade. Acredito que em nossas comunidades existam muitas outras pessoas, homens e mulheres, jovens e adultos, crianças e idosos, leigos e consagrados, que viveram uma vida heróica e poderiam ser colocados como exemplos de vida para todos nós.

O Beato João Paulo II nos recordou que “santo é aquele que faz de modo extraordinário, as coisas ordinárias”; nesse contexto, sem dúvida, pode ser inserida a vida daquela que dentro em breve, por sua santidade, não será simplesmente o anjo bom da Bahia, mas o anjo bom do Brasil.

Ir. Dulce fez, de modo extraordinário, aquilo que cada cristão deve fazer ordinariamente, ou seja, no cotidiano, no dia a dia: exercer a caridade, fazer-se oferta pelo outro, ver no outro a presença do Cristo Ressuscitado, sobretudo daqueles que mais sofrem e que estão à margem, dando-lhes a certeza de que possuem sua dignidade e que Deus lhes manifestará com predileção o seu amor, pois vem em socorro dos que são pobres e oprimidos.

Tirar o pobre da sua mais profunda miséria dos bens materiais, daquele mais básico, da fome, foi aquilo que fez o “anjo bom do Brasil”, sem que tivesse, entretanto, bens matérias, nunca deixou de acreditar na Providência Divina, que jamais lhe faltou, pois nela confiava, e quando a ela rogava tudo lhe chegava, mesmo o pouco, pois mesmo isso, diante de Deus é muito, nunca acumulando, mas partilhando e fazendo multiplicar para salvar a fome de tantos.

A razão principal de sua ação foi justamente o seu encontro com Jesus, o Cristo Senhor Ressuscitado, que deu sentido a toda a sua vida e trabalho. O segredo de uma vida doada aos irmãos tem sempre como centro o Cristo. Aberta à ação do Espírito Santo, a nossa querida Ir. Dulce deixou-se conduzir pelos caminhos da fraternidade e, mesmo em dificuldades econômicas extremas, demonstrou a providência de Deus atuando e agindo. Neste tempo de tantos questionamentos sobre os valores cristãos, a sua vida é uma demonstração daquilo que um cristão, com a graça de Deus, consegue amenizar da pobreza e da dor humana. A Igreja, através de seus santos e santos, dá uma resposta ao mundo de como a vida de santidade e a busca de Deus, seguindo a Cristo e vivendo a Sua Palavra, não só transforma os corações, mas faz da pessoa um sinal de paz e de vida para os seus irmãos e irmãs. E tudo isso é dom, é graça do Senhor.

Preocupar-se com os que estão à margem e comprometer-se com a necessidade de mudança, em um país como o nosso, com tantas dádivas de Deus, não poderíamos ter pessoas que passam fome se houvesse uma justiça mais distributiva, que nasce da capacidade de por em comum os bens que a todos pertencem. Se uma pobre como a Irmã Dulce pôde fazer tantas coisas para tantos, como não poderia ser diferente o nosso país se todos tivessem a mesma disponibilidade de pensar no seu irmão com responsabilidade, e assim multiplicar os dons que Deus nos concede.

Cuidar do pobre e do faminto, como fazia a Irmã Dulce, não é um convivente para que nesse estado de miséria esses se mantenham, é conduzi-los à sua dignidade de Filhos de Deus, dando-lhes a certeza de que os bens desse mundo são transitórios, efêmeros, e que não é da vontade Dele que homens e mulheres morram de fome, não tenham onde morar.

Sabemos que a ação social para as pessoas necessitadas precisa resolver com urgência a fome, e por isso parece como se fosse apenas assistencialista, mas sabemos que esse primeiro passo leva à formação e questiona a transformação social, econômica e política. A consciência dos cristãos leva-os a se comprometerem com o “mundo novo”, onde reine a presença de Deus que conduz à paz e à vida em plenitude. Os que questionam a assistência aos pobres também não aceitam quando reclamamos das injustiças e da necessária mudança social. Os Santos e Santas fazem tudo isso com uma vida de simplicidade e virtudes, sendo sinal de contradição para o seu tempo.

A Igreja do Rio de Janeiro se une à Igreja Mãe de São Salvador da Bahia na ação de graças pela beatificação da mulher que cuidou dos mais pobres. Cumprimento Excelentíssimo Senhor Arcebispo, Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ, e o Legado Pontifício, Sua Eminência Geraldo Majela, Cardeal da Santa Igreja Romana, Agnelo, pela alegria eclesial que proporcionam ao povo da Bahia e do Brasil pela santidade da fidelidade e do serviço da religiosa elevada às glórias dos altares.

Que interceda por nós o “anjo bom do Brasil”, a bem-aventurada Irmã Dulce, para que todos, desde os mais simples até os mais importantes, que em verdade deveriam estar à testa para servir, sejam capazes de aprender a partilhar, a fazer de modo extraordinário, o ordinário de repartir o pão com os necessitados.

Beata Irmã Dulce, interceda por nós!

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ
Congresso Mariano 2011

Congresso Mariano 2011

maio 05, 2011 Add Comment

Para celebrar o mês de Maria, a Canção Nova vai realizar o Congresso Mariano, que será realizado de 13 a 15 de maio, em sua sede, na cidade de Cachoeira Paulista (SP). O evento, que tem como tema "Com Maria, perseverantes na oração", vai contar com a participação de missionários desta obra de evangelização, além de grandes nomes da Igreja Católica.
“Canção Nova - a Casa de Maria”. Este nome aponta a origem do que se tornaria a comunidade mais tarde: um local de encontro com Nossa Senhora, “lugar onde as pessoas nascem para uma vida nova”, como afirma o fundador desta obra, monsenhor Jonas Abib.

Presenças:

Dom Benedito Beni
Bispo da diocese de Lorena (SP)

Dom Alberto Taveira
Arcebispo de Belém (PA)

Padre Paulinho
Sacerdote Consagrado à Canção Nova

Padre Alexandre Paciolli

Legionário de Cristo

Diácono Nelsinho Corrêa
Músico e missionário da Canção Nova

Salette Ferreira
Cantora e missionária da Canção Nova

Sônia Venâncio
Apresentadora do Terço Mariano na TV Canção Nova

fonte: Canção Nova

Maio mês de Maria

maio 03, 2011 Add Comment

As referências dos Evangelhos e do Atos dos Apóstolos a Maria, Mãe de Jesus, apesar de poucas, deixam ver muito desta privilegiada criatura, escolhida para tão alta missão. São Paulo, na Carta aos Gálatas (4,4), dá a entender claramente que, no pensamento divino de nos enviar o seu Filho, quando os tempos estivessem maduros, uma Mulher era predestinada a no-Lo dar. Para que se compreenda a presença de Maria nesta predestinação divina, a Igreja, na festa de 8 de dezembro, aplica à Mãe de Deus, aquilo que o livro dos Provérbios (8, 22) diz da sabedoria eterna: “os abismos não existiam e eu já tinha sido concebida. Nem fontes das águas haviam brotado nem as montanhas se tinham solidificado e eu já fora gerada. Quando se firmavam os céus e se traçava a abóboda por sobre os abismos, lá eu estava junto dele e era seu encanto todos os dias”. Era pois a predestinada nos planos divinos.Maio: Mês de Maria.

Para se perceber melhor o perfil materno de Nossa Senhora, três passagens bíblicas podem esclarecer. A primeira é a das Bodas de Caná, que realça a intercessora. Quando percebeu – o olhar feminino que tudo vê e tudo observa – estar faltando vinho, sussurra no ouvido do Filho sua preocupação e obtém, quase sem pedir, apenas sugerindo, o milagre da transformação da água em generoso vinho. Ela é de fato a mãe que se interessa pelos filhos de Deus que são seus filhos.

Outra passagem do Evangelho esclarecedora da personalidade de Maria é a que nos mostra seu silêncio e sua humildade. O anjo a encontra na quietude de sua casa, rezando, para dizer-lhe que fora escolhida por Deus para dar ao mundo o Emanuel, o Salvador. Ela se assusta com a mensagem celeste, porque, na sua humildade, nunca poderia ter pensado em ser escolhida do Altíssimo. Acolhe assim, por vontade divina, a palavra do mensageiro, silenciosamente, sem dizer, nem sequer ao noivo José, o que nela se realizava. Deus tem o direito de escolher e por isto Ela diz apenas o generoso “sim” que a tornou Mãe de Deus.

O terceiro traço de Maria-Mãe é sua corajosa atitude diante do sofrimento. Ao apresentar o seu Jesus no templo, ouve a assustadora profecia do velho Simeão: “uma espada de dor transpassará a tua alma”. Pouco mais tarde, estreitando ao peito o Menino Jesus, deve fugir para o Egito com o esposo, para que a crueldade de Herodes não atingisse a Criança que – pensava ele, Herodes – lhe poderia roubar o trono. Quando seu filho tem doze anos, desencontra-se dele e, ao achá-lo após três dias, queixa-se amorosamente: “por que fizeste isto? Eu e teu pai te procurávamos, aflitos”. Sua coragem se confirma na paixão e crucifixão de Jesus. De pé, ali no Calvário, sofre e associa-se ao sacrifício do redentor. É a mulher forte, a mãe corajosa e firme, a quem a dor não derruba. De fato, a espada de Simeão lhe atravessara a alma e o coração. É a Senhora das Dores.

Maio, mês a Ela dedicado pela piedade cristã, é um convite para voltarmos nosso olhar a esta Mãe querida para pedir-Lhe, abra as mãos maternas em Bênção de carinho sobre nossos passos nesta difícil escalada da Jerusalém celeste.

Dom Benedicto de Ulhoa Vieira
Arcebispo Emérito de Uberaba - MG